Há anos o setor de transportes do Brasil tem sofrido com a falta de infraestrutura viária adequada além de outros problemas.
Nos últimos tempos somou-se a isso a crise econômica que levou a maior estagnação das indústrias e à redução “geral” do consumo no país. Muitos destes problemas são antigos e na atualidade surgem novos outros. Dentro deste contexto, veja aqui neste post os principais desafios das transportadoras para 2017. Confira!
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ToggleA crise e o setor de transportes
De fato a crise econômica brasileira tem um impacto muito forte no que tange aos serviços das transportadoras brasileiras. O transporte rodoviário de cargas (TRC), por exemplo, foi o mais afetado pela queda do PIB (Produto Interno Bruto). Apesar da retração de mais de 3% que este alcançou em 2015, no ano de 2016 atingiu um índice menor; contudo, a situação das empresas do TRC continuará complicada.
De acordo com uma pesquisa realizada pela CNT (Confederação Nacional de Transportes):
- 50,8% dos transportadores que foram entrevistados têm expectativas de perceber a retomada do crescimento econômico no Brasil em 2017.
- 18,9% em 2018.
- E 13% a partir de 2019.
Ainda segundo o sócio-diretor da Ilos (Instituto de Logística e Supply Chain), Maurício Lima, as transportadoras de cargas da malha rodoviária poderão levar aproximadamente quatro anos para retomar ao patamar em que se encontravam antes da crise econômica. Entretanto, ele avalia que a tendência é que a economia cresça em 2017, 2018 e 2019; porém ela não recupera em sua totalidade o segmento de transporte.
A boa notícia é que o pior momento das transportadoras no Brasil já passou e, frente ao cenário atual de mudanças e ações de melhorias propostas pelo governo, os números começarão a serem favoráveis.
O estudo sobre “Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2016”, também realizado pela CNT, mostra que 60,1% das empresas de transporte brasileiras tiveram queda em sua receita bruta, 58,8% necessitam diminuir o número total de viagens e houve elevação do custo operacional para 74,6%.
A maior parte dos entrevistados (90,7%) que atuam em diferentes modais considera que a crise também os afetou de modo drástico:
- Do período compreendido entre dezembro de 2015 a setembro de 2016, 52.444 trabalhadores do setor tiveram que ser demitidos.
- Em 2016 37,4% das transportadoras reduziram o número de veículos em circulação.
- Somente no último semestre de 2016 58,1% das empresas do setor reduziram seus quadros de funcionários justamente pela atual situação econômica do país.
Dessa forma, percebe-se que as transportadoras ainda terão muitos desafios a enfrentar em 2017.
Transportadoras – desafios 2017
Um dos maiores desafios a ser enfrentado pelas transportadoras em 2017 continua sendo a falta de investimento em rodovias seguras e deficientes. Tais problemas tornam o serviço logístico mais custoso. Outro grande desafio é se adaptarem aos novos parâmetros de responsabilidade ambiental modernizando o motor dos veículos movidos a Diesel que utilizam de um combustível menos poluente; mas, que corresponde a um gasto maior e representa diminuição de lucro; por exemplo.
Ademais, com a recessão econômica, muitas transportadoras estagnaram e seus clientes se tornaram mais exigentes solicitando principalmente mais qualidade e agilidade nas entregas. Para isso algumas têm adotado sistemas automatizados de gestão e modernizado seus veículos. Porém, com isso, surgiram alguns novos desafios para o setor, dentre os quais um dos principais é:
- Contratar profissionais (motoristas) e/ou capacitá-los com as qualificações técnicas necessárias para lidarem com as novas tecnologias.
Portanto, mesmo diante desses desafios para 2017, boa parte dos transportadores estão confiantes na gestão econômica do governo federal e acreditam que haverá melhor desempenho da atividade econômica no Brasil; o que consequentemente irá contribuir com o este setor.
E então; quais são suas expectativas em relação às transportadoras para 2017?
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